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Como cuidar de cães e gatos nos dias quentes
O verão demanda atenção especial aos animais de estimação, veja aqui algumas medidas amenizam o sofrimento dos pets no calor
Não são somente os humanos que sofrem com o calor do verão. A estação também castiga os animais de estimação. Os que mais sofrem são os cães de focinho curto, como buldogues e pugs, e os gordos, que têm mais calor do que os magros.
Ao contrário dos humanos, cachorros não transpiram pela pele, mas sim pelo coxim, aquela almofadinha da pata, pelo focinho e pela boca – por isso o cão coloca a língua para fora da boca. Quando o focinho é curto, não há extensão suficiente para fazer a troca térmica.
Fique Alerta
Os médicos veterinários alertam para problemas como câncer de pele, queimaduras nas “almofadinhas” das patas e até uma parada cardíaca, se ficarem muito expostos ao sol e também desidratação, pelo mesmo motivo, e se permanecerem em ambientes muito quentes, sem nenhuma ventilação.
Não é recomendável levar o cão para passear em hora de muito calor. A opção é o início da manhã e final da tarde, quando os raios solares não estejam tão intensos.
O uso do protetor solar e um boné também é aconselhado para ser usado em gatos brancos e cães braquicéfalos - que têm o focinho curto-, como os bulldogs, pugs, boxers, shitsus, lhasas apso, boston entre outros. O protetor solar deve ser aplicado sempre que o animal for exposto ao sol (encontrados em quase todas as lojas do ramo vendem protetor solar para cães e até mesmo em farmácias são encontrados). Os pontos importantes são na face, acima dos olhos nos cães brancos e albinos - mas é preciso ter muito cuidado para não cair nos olhos -, nas pontas das orelhas, na linha que divide a pelagem e nos locais sem pelo.
Em relação aos gatos, são menos agredidos pela temperatura alta porque ficam mais em casa e têm mais contato com a hidratação já que eles também fazem autolimpeza, mas o banho, aconselha, deve ser dado uma vez por semana. A mesma coisa acontece com o cachorro, engana-se quem pensa que em pleno calor devem ser banhados todo o dia.
Alguns cuidados melhoram o bem-estar dos animais durante a estação mais quente do ano:
Quando cachorros e gatos percebem que o local onde dormem é quente demais, eles próprios buscam lugares mais frescos, como o mármore da cozinha. Às vezes, porém, a área de circulação dos bichos é restrita a uma parte da casa, de modo que eles não têm a possibilidade de escolha. É papel dos donos verificar se o ambiente em que seus animais de estimação dormem recebe muita luz durante o dia, o que aumenta a temperatura mesmo durante a noite, e é ventilado. Se necessário, o dono deve trocar o local da caminha.
Já à alimentação, os donos não precisam se preocupar, porque o próprio animal muda o comportamento. Quando sentem calor ou eles mudam o horário de se alimentar ou reduzem a porção. Os cães e gatos que se sentem mais incomodados com o calor, mudam o seu modo de se alimentar e passam a ingerir mais água, por isto é importante que tenham vários bebedouros espalhados pela casa.
Oito cuidados com os pets no verão
1. Espalhar potes de água fresca pela casa
2. Os proprietários de pets precisam redobrar o cuidado com a hidratação dos animais no verão. É importante que os bichos tenham sempre água fresca e limpa disponível. O ideal é trocar a água do cachorro assim que ela começar a esquentar. Para quem passa o dia fora de casa, a dica é espalhar vasilhas com água em lugares com menor incidência de luz. Durante os passeios, deve-se oferecer água ao animal a cada 20 ou 30 minutos.
3. A exposição ao calor excessivo pode causar um fenômeno chamado intermação: a temperatura do corpo ultrapassa os limites fisiológicos que permitem a troca de calor com o ambiente. Órgãos e sistemas começam a falhar, levando o animal à morte. É preciso evitar que os bichos fiquem fechados em lugares quentes, como acontece quando os donos vão a alguma loja que não permite a entrada de animais e deixam os pets trancados no carro.
4. Os melhores horários para passear com cães são aqueles em que o sol está mais fraco, como antes das 10 horas da manhã ou depois das 16h. Também é preferível trocar o asfalto pela grama – o chão quente pode causar lesões nas patas dos cachorros.
5. Micoses, piolhos, sarnas e parasitas de pele são mais comuns no verão. Para evitar que o animal contraia alguma dessas enfermidades, recomenda-se evitar levar o cão a locais muito frequentados por outros animais, aplicar remédios antipulgas e procurar um veterinário se perceber sinais como vômito ou diarreia.
6. A tosa refresca o animal e facilita o banho. Ela é recomendável principalmente para cães de raças mais peludas, como o golden retriever e o husky siberiano, e até para gatos de pelagem cheia, como o persa. A chamada tosa higiênica, aquela que corta os pelos da região do ânus e dos órgãos genitais, é indicada para a higiene de raças menores, como shih-tzu e lhasa apso.
7. É isso mesmo: animais também precisam se proteger contra o câncer de pele. A recomendação vale principalmente para cães e gatos de pele clara (a cor da barriga do pet indica se ele se inclui nessa categoria), que sofrem mais com a incidência dos raios solares. O filtro deve ser aplicado em regiões sem pelos, como focinho e orelhas, em média a cada duas horas – ou menos, em caso de contato com água. Não se deve usar o protetor solar de humanos – o produto feito especialmente para animais não oferece riscos de intoxicação se for lambido pelos bichos.
8. No verão, cães e gatos podem — e devem — tomar, em média, um banho por semana. Além de contribuir para a higiene, o hábito refresca os animais. A recomendação é lavá-los com água em temperatura ambiente e xampu especial para pets, neutro e hipoalergênico. É preciso secar bem o bicho para evitar a umidade, condição que favorece o aparecimento de parasitas. Depois de tirar o excesso de umidade com uma toalha, veterinários sugerem utilizar um secador de cabelo em uma temperatura média, a uma distância de pelo menos um palmo do corpo.